domingo, 5 de julho de 2015

Fria

Era a entrada do Santa Maria ,gritos de bebedeira e sonhos de sem abrigo ,o brilho da maquina de café ,o brilho azul do sono sacudido ,não fotografei a cigana idosa ,toda de negro como a filha ,o rapaz que pedia onde dormir ,de que cor era a pulseira dele ,a indignação com o serviço de quem foi emigrante presencial ,está uma mulher a ler descalça ,o emigrante presencial resmunga e protesta como um boneco pintarolas da marina Mota,um homem ensanguentado repete o corredor ,uma mulher ensanguentada da mesma história acaba por sair com o desejo de melhoras da enfermeira ,uma idosa da maca grita pelos familiares ausentes ,a cigana diz que aquilo não é lugar para quem bebeu demais,uma negra enorme ,de cabelo roxo abraça o namorado negro vestido de negro.Contei vários abraços naquela sala de espera ,acho que estavam todos presentes.

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